Foto: Tom Correia |
Mantida por doações de pessoas comprometidas com a causa, o Interbusca já pleiteia recursos ao Fundo do CMDCA e apresentou proposta de parceria com o Ministério Público do Estado. A ideia é ampliar o serviço prestado à população, que às vezes não possui dinheiro nem mesmo para a condução. Entretanto, segundo o presidente, toda a iniciativa de atuar em prol dos desaparecidos não parece estar sendo bem vista pelo poder público. Um agente chegou à 12ª Delegacia com um ofício solicitando a localização da pessoa e em vez de o policial verificar quem estava sendo procurado, resolveu investigar se o agente tinha passagem pela unidade. “O policial questionou se estávamos colocando à prova o trabalho da polícia. Na verdade queremos somar, mas constatamos que nossos resultados estão começando a incomodar”, ressalta Reis. De segunda a sexta, das 9 às 17h, 62 agentes voluntários se revezam em turnos semanais de oito horas.
O presidente do Interbusca credita a solução dos casos à orientação que os agentes recebem, a de permanecerem sempre atentos mesmo fora dos plantões. Foi assim que Hildemária Ataíde, 34, foi encontrada perambulando pelo bairro de Cosme de Farias por um agente que voltava da musculação. Hildemária sofre de esquizofrenia e só foi reconhecida por um detalhe anatômico que pode ser visto na foto deixada no Interbusca pela família: um defeito num dos dedos do pé. Moradora do Doron, dona Ana Clara Ataíde, tia de Hildemária, afirma ter recebido da instituição apoio para conseguir internar a filha no Hospital Juliano Moreira. “Fui muito bem atendida, eles são muito atenciosos. Tivemos muita sorte porque oito dias depois de registrar a ocorrência, eles localizaram minha sobrinha. Agora temos mais cuidado para que ela não desapareça novamente”, relata.
Informações:
Interbusca Desaparecidos
Av. Sete de Setembro, 202 - Ed. Basbaum, sala 509
71 3487-3332
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